segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O Ônibus Mágico

Tomei uma infinidade
De arco-íris.
Desceu-me na garganta
Puro ouro em pó
Misturado à minha saliva.

Pulei no chão enquanto
Este era feito de borracha,
Nada estava fora do comum.

Ondas de cores estranhas
Brincavam com minha visão,
Cores que não conseguimos ver
À olho nu.

Meu paladar não existia,
Tampouco meu olfato.
Todos achavam que era insanidade,
Mas eu os provava que era tudo normal

Afinal, todos conseguíamos
Observar como o sol e a lua
Brincavam de se esconder
Um atrás do outro.

O nosso jogo ficou entediante
E ninguém mais quis nadar no gramado,
Preferimos, todos nós, dormir
Nas teias da aranha colorida.

Noutra hora, concordamos
Deixar tudo aquilo dentro de um
Ovo que um de nós botou
E esperar até que nascesse novamente
Magia.


Élio Braga.

2 comentários: