domingo, 28 de junho de 2015

Flores do Azulejo

Cabe aqui um par
De botões neutros
Desenhados,
Fixados
No reflexo.

Cruzei as pernas e esperei
Que qualquer coisa ali
Fosse corrigida
Pelos dois.

Disseram-me que isso vicia,
Mas acolhi em
Paz de espírito;

Assenti o resultado
De um tão sonhado momento
Que me foi dado como promessa
De liberdade.

E parti assim,
Formando palavras com os olhos
Enxergando nos botões
A prisão que minha liberdade criou.


Lino Pedro.

domingo, 21 de junho de 2015

Sem Parada

Vinha em claro
Em quatro pés
Entre a noite
Em rapidez

Do outro lado
Vinha o grande
Toda a gente
Engolida.

Mas a chance
Mais bonita
Evitou aparecer

Decidiu: Impiedade.
Foi manchete
Do meu choro.


Lino Pedro.