quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Piscadela Sulista

Em grau de impaciência
E forma neutra,
Brotou do sul a ilusão
Cuja imagem é reflexo.

Surge um mundo de exatidão
E fixação, transparecidos em olhos
Possuídos de visões de
Sinceridade.

E em seus mais sórdidos detalhes
Ainda invejo aquilo tudo
Para parecer mais com sua utopia austral.

O meio-dia da vida
Toma novos ares e
Meu corpo torna-se,
Quem sabe, um polo norte.

Talvez o mundo mude
E tudo mude junto,
Talvez nós mesmos mudemos,
Mas mudaremos conforme uma dança,
Que aliás já é singular e própria de nossa
Ternura distante, mas real.


Benjamim Neto.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Bela

Bela, mais bela
Que a beleza
Em seus pelos
Brancos de paz.

Paz que ela trouxe
Por muitos anos
Aos pobres donos
Que eram em suma sua família.

Oh, Bela, trate de
Cuidar de nós aí do outro lado.
Vigie nosso lar,
Vigie nossas vidas.
Espante os estranhos.

Bela, minha irmã,
Despediu-se com o rabo baixo,
Com os olhos cerrados de prazer
Da última carícia que pude te dar.

Logo logo nos encontramos.
Que nosso quintal, seu local de descanso,
Esteja feliz em ganhar tal ser de bondade,
Coragem, fidelidade e amor inigualáveis.

Oh, Bela,
Para sempre terei parte
De mim em você.



M.Z.R.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Prisão de Carne

Ficou presa
A minha rosa
Em males como
O cipó-chumbo.

Não diga-me que
Está livre, pois
Vejo nítidas as correntes
E a bola maciça presas em seus pés.

E talvez você não se importe,
Já eu nunca fui de gostar
De prisões.

Já vivi muito tempo preso
E hoje confesso que
Não costuma ser confortável.


Lino Pedro.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Agradecimentos - 2013

Já é 03 de Janeiro de 2014 e eu me lembrei hoje que não fiz os devidos agradecimentos e nem a retrospectiva do ano de 2013 do Bar.
  Cara, que ano! O Bar começou engatinhando, com poucas palavras dos seus principais frequentadores, mas terminou em alta, com vários posts nos meses finais.
  O Bar permanece , neste ano novo, como estava no fim do ano passado : Élio clama por movimento, pois os tempos não são dos melhores, mas a clientela original continua, em partes, fiel aos nossos bancos de madeira velha e aos nossos copos de vidro do século passado (ou do anterior a este, não sei).
  Por fim, quero agradecer a vocês, leitores, que fazem com que meus clientes estejam motivados a deixar-nos escritos ao visitar esta espelunca que chamamos de Bar.
  Um muito obrigado aos leitores fiéis, e aos periódicos também!
  Acho que é tarde para desejar-lhes Feliz Natal, mas ainda estamos em tempo para meus sinceros desejos de felicidades e prosperidade neste ano de 2014 a todos vocês!
  Grande abraço. Continuem aí.

M.Z.R.