O rosto esfregado,
A alma inerte,
O corpo nu, mais uma vez.
A escuridão é pouca,
Mas não por muito;
É questão de tempo mesmo até
Que eu perca a visão.
Contudo, quem precisa ver
Quando nada precisa ser visto?
Simples franquezas acarretam
Simples resultados.
Simples assim, como a escuridão.
Lino Pedro.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Anjo
São estes seus cabelos
Que fazem-me lembrar o Sol,
E seus olhos o amanhecer do céu
Tão azul quanto o mar.
E se resolveu descer do céu
Foi para provar que este existe.
O que lhe peço, anjo,
É que não suba jamais.
Se lhe fito,
Cego-me na claridez
De paz e tranquilidade
Que seus olhos refletem.
Meu anjo,
Sua pele é leve como as nuvens,
Branca como a neve e
Macia como pluma.
Seu riso áureo
Faz com que a felicidade
Paire sobre mim,
Deixando-me, também, feliz.
Atento-me ao ouvir sua voz.
Deslumbro-me, pois, em tal encanto
Que começo a rir
E a descobrir quão doce são suas palavras.
E nem as mais belas imagens
Ousam desafiar-lhe.
Não há espelho que não contente-se
Em refletir sua imagem.
Meu anjo,
Peço-lhe, por fim,
Que não retorne ao céu
E faça daqui o paraíso.
Benjamim Neto.
Que fazem-me lembrar o Sol,
E seus olhos o amanhecer do céu
Tão azul quanto o mar.
E se resolveu descer do céu
Foi para provar que este existe.
O que lhe peço, anjo,
É que não suba jamais.
Se lhe fito,
Cego-me na claridez
De paz e tranquilidade
Que seus olhos refletem.
Meu anjo,
Sua pele é leve como as nuvens,
Branca como a neve e
Macia como pluma.
Seu riso áureo
Faz com que a felicidade
Paire sobre mim,
Deixando-me, também, feliz.
Atento-me ao ouvir sua voz.
Deslumbro-me, pois, em tal encanto
Que começo a rir
E a descobrir quão doce são suas palavras.
E nem as mais belas imagens
Ousam desafiar-lhe.
Não há espelho que não contente-se
Em refletir sua imagem.
Meu anjo,
Peço-lhe, por fim,
Que não retorne ao céu
E faça daqui o paraíso.
Benjamim Neto.
O Ônibus Mágico
Tomei uma infinidade
De arco-íris.
Desceu-me na garganta
Puro ouro em pó
Misturado à minha saliva.
Pulei no chão enquanto
Este era feito de borracha,
Nada estava fora do comum.
Ondas de cores estranhas
Brincavam com minha visão,
Cores que não conseguimos ver
À olho nu.
Meu paladar não existia,
Tampouco meu olfato.
Todos achavam que era insanidade,
Mas eu os provava que era tudo normal
Afinal, todos conseguíamos
Observar como o sol e a lua
Brincavam de se esconder
Um atrás do outro.
O nosso jogo ficou entediante
E ninguém mais quis nadar no gramado,
Preferimos, todos nós, dormir
Nas teias da aranha colorida.
Noutra hora, concordamos
Deixar tudo aquilo dentro de um
Ovo que um de nós botou
E esperar até que nascesse novamente
Magia.
Élio Braga.
De arco-íris.
Desceu-me na garganta
Puro ouro em pó
Misturado à minha saliva.
Pulei no chão enquanto
Este era feito de borracha,
Nada estava fora do comum.
Ondas de cores estranhas
Brincavam com minha visão,
Cores que não conseguimos ver
À olho nu.
Meu paladar não existia,
Tampouco meu olfato.
Todos achavam que era insanidade,
Mas eu os provava que era tudo normal
Afinal, todos conseguíamos
Observar como o sol e a lua
Brincavam de se esconder
Um atrás do outro.
O nosso jogo ficou entediante
E ninguém mais quis nadar no gramado,
Preferimos, todos nós, dormir
Nas teias da aranha colorida.
Noutra hora, concordamos
Deixar tudo aquilo dentro de um
Ovo que um de nós botou
E esperar até que nascesse novamente
Magia.
Élio Braga.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Verde, Branco e Laranja
Permiti-me dar
Férias a mim mesmo,
De mim mesmo,
E do que faço.
Permiti-me praticar
Simpaticidade e até mesmo
Permiti-me dançar!
Dancei uma tal de
Música animada.
Bebi uma birra, aliás muitas,
E caí.
Caí sobre mim mesmo,
O que não teria acontecido
Se não houvesse permitido,
Desde o começo, dançar.
Mas não me importo,
Não nestes dias,
Enquanto estou nestas férias
Verdes, brancas e laranjas,
Com sabor de trigo e cevada,
Com clima gelado,
Com cabelo e barba rubros
Com as bochechas coradas
E sem nada melhor para pensar.
Elio Braga.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Umidade Sonora
Talvez o céu só precisasse
De música para deixar que caísse
Sua imensidão d'água.
Talvez o céu tenha chorado
Enquanto meu violão soava,
Não sei ainda o porquê.
E para cada erro
Que cometermos juntos
Um raio se lançará em nossa direção.
Somos todos do mesmo
Pó que é o universo.
As lágrimas molham meu violão,
As gotas tendem a destruí-lo,
Talvez algo esteja fora do normal.
E para todos os raios,
Não há motivos para que não
Consertemos os danos causados
Por minha música.
A culpa é sua, não minha.
Para acreditar, basta perguntar-me
A quem é destinada todas as músicas
De meu violão.
Benjamin Neto.
De música para deixar que caísse
Sua imensidão d'água.
Talvez o céu tenha chorado
Enquanto meu violão soava,
Não sei ainda o porquê.
E para cada erro
Que cometermos juntos
Um raio se lançará em nossa direção.
Somos todos do mesmo
Pó que é o universo.
As lágrimas molham meu violão,
As gotas tendem a destruí-lo,
Talvez algo esteja fora do normal.
E para todos os raios,
Não há motivos para que não
Consertemos os danos causados
Por minha música.
A culpa é sua, não minha.
Para acreditar, basta perguntar-me
A quem é destinada todas as músicas
De meu violão.
Benjamin Neto.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Passarinho
Como pode o passarinho
Ter medo de voar
Se sua vontade é sadia?
Falta coragem
Ou simplismente impulso
Até que o vento se torne
Parte da pequena ave?
O pequenino não tenta e
Nem pensa em como começar
A bater as asas.
Mas um pássaro não desiste.
E até que creçam-lhe
Asas e coragem,
O passarinho permanece no chão
Sonhando com asas
E com o ar.
Benjamin Neto.
Ter medo de voar
Se sua vontade é sadia?
Falta coragem
Ou simplismente impulso
Até que o vento se torne
Parte da pequena ave?
O pequenino não tenta e
Nem pensa em como começar
A bater as asas.
Mas um pássaro não desiste.
E até que creçam-lhe
Asas e coragem,
O passarinho permanece no chão
Sonhando com asas
E com o ar.
Benjamin Neto.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Incêndio
Para desmentir meu falecimento
E negar meu absentismo
Começo a noite fazendo mistério
Como costumo fazer comigo.
Peço aos olhos que se fechem
E que as chamas de ti comecem a
Cobrar de mim certo ímpeto que
Costumeiramente não possuo.
Ao tocar seus cabelos, prometo
Não paralisar-me, mas de fato
Já espero o contrário.
Sentir o ardor destes fios
Incandescentes será demasiado cativante
Para alguém que singelamente apaixona-se.
Benjamim Neto.
E negar meu absentismo
Começo a noite fazendo mistério
Como costumo fazer comigo.
Peço aos olhos que se fechem
E que as chamas de ti comecem a
Cobrar de mim certo ímpeto que
Costumeiramente não possuo.
Ao tocar seus cabelos, prometo
Não paralisar-me, mas de fato
Já espero o contrário.
Sentir o ardor destes fios
Incandescentes será demasiado cativante
Para alguém que singelamente apaixona-se.
Benjamim Neto.
domingo, 6 de outubro de 2013
Medusa
As luzes apagam e acendem,
E você continua aí
Com este olhar um tanto
Errado.
Pergunte às cobras
O que elas ainda acham
Que podem esculpir em mim?
Élio Braga.
E você continua aí
Com este olhar um tanto
Errado.
Pergunte às cobras
O que elas ainda acham
Que podem esculpir em mim?
Élio Braga.
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