segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Anjo

São estes seus cabelos
Que fazem-me lembrar o Sol,
E seus olhos o amanhecer do céu
Tão azul quanto o mar.


E se resolveu descer do céu
Foi para provar que este existe.
O que lhe peço, anjo,
É que não suba jamais.


Se lhe fito,
Cego-me na claridez
De paz e tranquilidade
Que seus olhos refletem.



Meu anjo,
Sua pele é leve como as nuvens,
Branca como a neve e
Macia como pluma.


Seu riso áureo
Faz com que a felicidade 
Paire sobre mim,
Deixando-me, também, feliz.


Atento-me ao ouvir sua voz.
Deslumbro-me, pois, em tal encanto
Que começo a rir
E a descobrir quão doce são suas palavras.


E nem as mais belas imagens
Ousam desafiar-lhe.
Não há espelho que não contente-se
Em refletir sua imagem.


Meu anjo,
Peço-lhe, por fim,
Que não retorne ao céu
E faça daqui o paraíso.



Benjamim Neto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário