terça-feira, 24 de julho de 2012

Nas Profundezas Mentais

Procuro ,no abismo da mente,
A competência da razão.


Quero sossego e segurança
Nos meus cálidos ócios.


Serenidade ilusória,
Esta minha.






Lino Pedro.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Frio Como o Fogo

Gelo, neve,
Tão insípidos quanto eu.
Não tenho escolha, é complicado
Governar um ártico mental.


Pra quem mais uma vez
Provou de solene verdade,
Posso dizer que não é por birra
Que vivo como uma vela, apagada.


Liberto de mim, enchi-me
De calor humano,
Que já desmantelou-se
Pela própria ordem natural .


O frio reside, novamente, aqui,
Dentro de mim.
Não por muito, creio eu...


Não mesmo! Tenho convicção de que
Minha natureza não se baseia
Em estagnação e sentimentos lânguidos,
Mas sim em fogo, do mais gelado fogo.


(Baseados em minha
Ironia humana).




Benjamim Neto.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Inquietação

Acalme-se.
Tenha calma.


É só questão de tempo
Até este acordar
E ir embora.


...


E sair de cima de mim!
E acertar a conta!
E, espero eu,
Nunca mais voltar!


- Vamos, acorde,
Pois já se esgotou teu tempo, homem!


...


"Outra noite tediosa".
Foi apenas isto.




Maria Eliz.

domingo, 15 de julho de 2012

Perdão

Peço perdão;
Suplico-lhe que ainda
Me goste.


Quando a mente não
É mais pedaço do corpo
Tudo se torna irreal.


Ainda sou o mesmo
Afável rapaz.
Ainda sou, sim.


Apaguemos as luzes
Para que a escuridão
Tome conta de apagar
O que nos foi irreal, então.


Acendamos outra luz,
Para que esta nos oriente
Pelo caminho que ainda pisaremos.


Só isso:
Aprendamos com a escuridão
E nos guiemos pela luz.




Élio Braga.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Tempestade

Mas é claro
Que a tempestade
Que causamos
Devastou tudo.


Como podem
O frio, o vento,
A música e o amor
Não criarem tempestade?


E no fim
Não sobrou nem chão,
Nem nada.


Pairou no ar
Um aroma muito bem conhecido
Por nós : o nosso.




Benjamim Neto.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sol à Noite

Passei a noite
Em claro;
Passei bem.


Não passamos juntas,
Pois não pude ficar.


Queria poder
Jazer em seu leito.


Queria não sentir saudades.
Queria não sentir.




Maria Eliz.

domingo, 8 de julho de 2012

Lúgubre Penedo

É preciso
Ser novamente
Aquele lúgubre
Penedo.




Élio Braga.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Dama

Veja, que beleza feérica:
Uma linda dama que de alguma maneira
Me deixa louco, sendo tão belos assim
Seus olhos cor de nogueira.


Mas que bela és,
Minha doce e linda camponesa.
Quão bom foi Deus
Que mesmo em teus modos, lhe deu beleza.


E que riso inócuo e belo tens;
Que olhos, cor do mel
Que me fazem considerar
Se  já não morri, e estou no céu.


Eis uma legítima dama,
Cuja autoridade é lei
Aos de coração incauto.




Élio Braga.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Dança da Chuva

Aroga, garoa,
Aroga agora!
Garoa, aroga!


Roaga, garoa,
Roaga!




Lino Pedro.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Gringa

Acordei cedo,
Pois precisava,
Novamente,
Ver teu rosto.


Acordei cedo,
Mesmo cansada:
Sabia que logo
Ias embora.


Ó, gringa,
São todas assim como tu,
Fora deste meu país?


Se forem,
Arrumas para mim,
Uma passagem
Só de ida?


Maria Eliz