quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Entorpecente


O som do vento sumiu,
As imagens tomavam forma:
A sua.

Já conseguia sentir
O frio do lago,
O cheiro da natureza
E sua presença.

A magia era forte,
Quase tão forte quanto
É meu dom de quietude
E serenidade.

Atingiu-me no peito uma força
Sem nenhuma piedade
Em viciar-me à sua imagem.

O clímax se formava,
Mas então a realidade trouxe-me
De volta ao leito onde
Jaziam agora corpo
E decepção.

Permaneci memorizando.
Não havia necessidade de voltar
Ao sonho, pois persiste-me (ainda)
A concepção de transformá-lo
Em realidade.


Benjamim Neto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário