Entorpecente
O som do vento sumiu,
As imagens tomavam forma:
A sua.
Já conseguia sentir
O frio do lago,
O cheiro da natureza
E sua presença.
A magia era forte,
Quase tão forte quanto
É meu dom de quietude
E serenidade.
Atingiu-me no peito uma força
Sem nenhuma piedade
Em viciar-me à sua imagem.
O clímax se formava,
Mas então a realidade trouxe-me
De volta ao leito onde
Jaziam agora corpo
E decepção.
Permaneci memorizando.
Não havia necessidade de voltar
Ao sonho, pois persiste-me (ainda)
A concepção de transformá-lo
Em realidade.
Benjamim Neto.
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