faça-me uma pergunta
ou então fique muda
eu não me importo
talvez seja eu quem deva
perguntá-las
fique muda
e ria
e sorria
gargalhando
à face de medo
dos sujeitos
vá devagar
ordenhe um cabo de machado
azede o leite que eles bebem
meça o sangue de um bezerro
que já não lhe serve mais
quebre mil corações
e faça uma sopa
em seu porão
de tijolos
saia a noite
traga seu corno,
esconda-se nas árvores
e sorria novamente
para a Lua
chame seus meninos
e dancem,
dancem gargalhando
pois esta noite
o mundo é de vocês
vamos nos deitar
em campos de enxofre
vamos sentir o cheiro do ferro.
hoje é você quem corta
o som da respiração.
Tommas D'Artoya
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